Musical inédito, com dramaturgia e interpretação assinadas por André Morais e direção compartilhada com Jorge Bweres, numa produção do Grupo de Teatro Lavoura.
Tendo como universo o espaço do sonho e do lirismo de um ser humano, Bruta Flor conta a viagem de um personagem pelo interior de si mesmo. Um Trovador, que conta e canta sua história. Assim como Alice embarca em seu país de maravilhas, ele caminha pelo mundo onírico de seus desejos, segredos e emoções mais íntimas. Durante o tempo de um dia, ele revive toda sua história, numa caminhada por esse sonho. De manhã ele é menino, tornando-se homem e mulher numa tarde, velho ao fim do dia e novamente menino em um novo amanhecer.
Com uma narrativa sem nenhum compromisso com a realidade, o personagem discute temas profundos de uma forma simples e despretensiosa. Fala de um encontro amoroso com Deus numa chuva, da infância, do amor, do masculino, do feminino, e d as mortes e renascimentos de um homem no decorrer da vida. Expondo dúvidas e anseios que são comuns ao ser humano, o espetáculo propõe estabelecer um elo afetivo e de cumplicidade com o público.
Unindo-se a palavra, a música também é um elemento narrativo de muita força. Com repertório inteiramente inédito, onde nomes importantes da música popular brasileira como Carlos Lyra, Chico César, Sueli Costa, Ná Ozzetti, Marco Antônio Guimarães, Ceumar, Edu Krieger, Giana Viscardi e Milton Dornelas compuseram canções especialmente para o espetáculo.
Falas do Trovador
“… é da minha natureza amar, é da minha natureza desvirginar a natureza das coisas… Foi ela que me fez homem, foi a natureza que me comeu pela primeira vez. O feminino sempre comeu o masculino, desde que o mundo é mundo. Eu era um menino, deitado na areia escura e úmida do quintal da minha casa, à tardinha, quando fui engolido pela natureza…delicadamente, ela me bebeu… jorrou da minha fonte mais oculta todo prazer de sentir o corpo da terra nua, abri os braços tão forte que quase pensei envolver a terra toda num abraço e o meu corpo nu deitado de bunda lisa para o céu tornara-se enfim o corpo de um homem, sem nenhum segredo… No outro dia de manhã, nasceu um pequeno olho d’água no canto do muro da casa, formando um riozinho doce… me sinto o dono dessa fonte, sei que ela é feita da água doce do meu primeiro gozo.”.
Interpretação & Dramaturgia
André Morais
*texto com citações de Fernando Pessoa,
Clarice Lispector, Hilda Hilst, Emily Dickinson e
Caio Fernando Abreu.
Musical com canções inéditas
de André Morais, em parceria com
Marco Antônio Guimarães, Carlos Lyra,
Ceumar, Milton Dornellas, Giana Viscardi,
Ná Ozzetti, Chico César, Sueli Costa e Edu Krieger.
Direção
Jorge Bweres & André Morais
Música Incidental
Eli-Eri Moura & Marcílio Onofre
Músicos & Colaboradores na criação musical
Renata Simões, viola
Michel Costa, violão
Osmídio Neto, acordeon
Preparação Vocal
Maria Juliana Linhares
Preparação Corporal
Ângela Navarro
Desenho e Operação de Luz
Jorge Bweres
consultoria de Valmir Perez, Lablux/Unicamp
Cenário
Grupo Lavoura
Técnico de Som
Tina Medeiros
Produção
Lúmina Projetos Culturais
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